"Viver é bom", proclamas

Hoje descobri que a Brandi Carlile vai ao Sudoeste e fiquei feliz da vida. Aqui fica o mais espectacular anuncio feito nos últimos tempos que tem como banda sonora a musica The Story, desta mesma senhora. E para quem diz que o cartaz do Sudoeste é muito fraquinho, eu cá acho que me vou fartar de curtir!

Não tenho qualquer dúvidas ao afirmar que este foi o melhor concerto do Delta Tejo (daqueles a que assisti, logicamente). Só quem lá esteve pode perceber a troca de energia vibrante que houve entre a banda e um público que não os queria deixar sair do palco. Fizeram e refizeram a festa e deixaram toda gente (mesmo a mais tímida no inicio) à beira do delírio. Quero repetir. Outra e outra vez.

Fahrenheit - Clã ao vivo no Festival Delta Tejo

A Ritinha foi tudo o que eu esperava dela e o concerto também. Disseram-me que o concerto da Mariza que decorria ao mesmo tempo no palco principal tinha sido avassalador e eu não duvido, mas se voltasse àquele dia e àquela hora voltaria a escolher estar ali, naquele palco. Porque há musicas e pessoas e actuações que nos provocam sensações que não podemos explicar. Agora espero vê-la no Sudoeste e depois muito mais vezes quanto aquelas que me forem possíveis!

Rita Redshoes - Choose Love ao vivo no Festival Delta Tejo

Desculpa

Te olho nos olhos
E você reclama que te olho profundamente…
Desculpa, tudo que vivi foi profundamente.

Eu te ensinei quem sou e você foi me tirando os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse possibilidade de eu me inventar de novo.

Desculpa se te olho profundamente, rente à pele
A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços,
A ponto de ver a estrada antes dos teus passos.

Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim; nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente!

«Florentino Ariza esquecia-se sempre, e quando menos devia, que as mulheres pensam mais no sentido oculto das perguntas que nas perguntas em si (...)»

Gabriel García Márquez em O Amor nos Tempos de Cólera